Art talks 4 – A Alma das coisas: A pintura de natureza-morta no ocidente

Organizador: Coleção Ivani e Jorge Yunes
21 de agosto de 2019
Coleção Ivani e Jorge Yunes
Quarta-feira, das 14h às 18h

Em 1599, o Cardeal Federico Borromeo recebeu de presente o célebre cesto de frutas de Caravaggio, conservado hoje na Pinacoteca Ambrosiana de Milão. Pela primeira vez, os objetos eram escolhidos como tema de um gênero autônomo de pintura. Esse tipo de obra é chamado de natureza-morta nos países de língua neolatina de Still Life, ou seja, “vida parada”, no mundo anglo-saxão. As definições traduzem o diverso significado cultural deste gênero típico da pintura ocidental. Símbolo da passagem do tempo e da efemeridade da vida, mas também emblema das atividades que formam o sentido da existência humana.
Na época moderna, a natureza-morta se tornaria uma maneira para refletir sobre a própria linguagem da pintura e um dos exercícios preferidos por todos os artistas mais importantes, de Chardin a Cézanne, de Matisse a Picasso, a Morandi.
A conversa, liderada pelo Prof. Dr. Luciano Migliaccio (FAU/USP) e com a participação do Prof. Dr. Franco Paliaga (Pisa, Itália), como convidado internacional, pretende mostrar esse percurso histórico, analisando também obras conservadas na Coleção Ivani e Jorge Yunes.