Art talks 3 – Portinari

Aconteceu – Art talks 3 – Portinari
Organizador: Coleção Ivani e Jorge Yunes
23 de maio de 2019
Coleção Ivani e Jorge Yunes
Quinta-feira, das 15h às 17h

O artista Candido Portinari foi tema do Art Talk de 23 de maio de 2019 com especialistas da CIJY. Primeiramente, discutiu-se o núcleo de suas pinturas e desenhos presentes no acervo da coleção, além de documentação referente às obras; na sequência, apresentou-se um panorama da obra pública e monumental do artista, por meio de seus afrescos e painéis.

Talk 1 – O Conjunto Portinari da CIJY
Os diferentes núcleos dos acervos artístico e bibliográfico que compõem a CIJY vêm sendo catalogados e pesquisados desde outubro de 2017 por uma equipe multidisciplinar. A vasta coleção abriga um conjunto significativo e coeso de produções modernas realizadas no Brasil, contando com nomes como o de Candido Portinari, Emiliano Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Vicente do Rego Monteiro, John Graz, Antonio Gomide, Lasar Segall, Victor Brecheret, Bruno Giorgi e Galileo Emendabili. Neste núcleo moderno Candido Portinari é fortemente representado com pintura realizadas entre as décadas de 1940 e 1960, desenhos entre as décadas de 1940 e 1950, ilustrações e capas de livros. A palestra aborda a presença do artista na Coleção, seja no acervo artístico – em pinturas e desenhos -, seja no conjunto bibliográfico e no arquivo documental, além da relação
institucional entre o Projeto Portinari e a CIJY. (Renata Rocco – CIJY)

Talk 2 – Obra Pública e Monumental de Portinari: Afrescos e Painéis
Em 2010 os grandes painéis Guerra e Paz de Portinari vieram ao Brasil e foram restaurados, graças a João Candido Portinari e ao Projeto Portinari; Assim o público brasileiro pôde admirar a maior obra de Portinari, que fica na sede da ONU em Nova Iorque. Na década de 30, o artista dá início a essa pintura que o consagraria mundialmente, com a tela O Café; em seguida realiza na Fundação Hispânica em Washington os afrescos Catequese, Descobrimento, Mineração e Desbravamento, parte do que se converteria no final dos anos 30 na obra monumental do Ministério da Educação no Rio de Janeiro. São 12 grandes afrescos representando os ciclos econômicos. O artista não para, e na década seguinte inicia os painéis dos ciclos históricos,
Chegada de D. João VI à Bahia, Primeira Missa no Brasil, passando por Tiradentes e retornando ao Ciclo do Café e finalmente Guerra e Paz, já no final dos anos 50. Sua obra domina o cenário artístico sul americano durante duas décadas após a II Guerra Mundial. Seus críticos apontam
o interesse pelo tema da brasilidade, do nacionalismo, mesmo quando flerta com o muralismo mexicano e as pinceladas de Picasso. Nesta surpreendente palestra são comentados e exemplificados aspectos pouco conhecidos dos referenciais e das técnicas de Portinari. (Percival Tirapeli – UNESP)