A Outra África: trabalho e religiosidade

Museu de Arte Sacra e Diversidade Religiosa de Olímpia

Apresenta

“A outra África: trabalho e religiosidade”

De 24 de novembro de 2021 – 31 de maio de 2022

O Museu de arte Sacra e Diversidade Religiosa da cidade de Olímpia (SP) traz um desdobramento da exposição homônima realizada no Museus de Arte Sacra de São Paulo, em 2020. Em A outra África: trabalho e religiosidade, estão reunidas 230 obras provenientes da Coleção Ivani e Jorge Yunes, um dos mais abrangentes acervos de arte do país. “Reconhecer a presença africana amplia a nossa concepção de mundo e permite perceber aspectos das relações entre povos e regiões do planeta pouco conhecidos e compreendidos ao longo do tempo. Tal aprendizado ilumina nosso entendimento sobre processos históricos e dinâmicas sociais”, ressalta Beatriz Yunes Guarita, diretora da Coleção Ivani e Jorge Yunes.

Para a mostra, o curador e pesquisador de arte africana, Renato Araújo da Silva, selecionou objetos da cultura africana de artistas anônimos, entre terracotas, urnas funerárias, máscaras, estatuetas, armas, joias, instrumentos musicais, objetos do cotidiano, bustos e arte da corte de Benin, que representam 29 etnias africanas. “Ao mesmo tempo que é uma África que se remete ao mundo tradicional, antigo, trata-se de uma África que readaptou do seu próprio modo a sua prática artística no mundo contemporâneo, fazendo do trabalho do artista popular uma homenagem aos seus, aos nossos ancestrais”, ressalta Araújo.

Já Rafael Schunk, o curador do núcleo que reúne a arte afro-cristãfez um recorte da Coleção que inclui, além depeças e esculturas sacras, os chamados Black-a-Moor (figuras antropomórficas mouras produzidas como tocheiros ou peças decorativas originárias da cultura veneziana), as pinturas sul-americanas mestiças, os balangandãs da Bahia, imaginária colonial. Deste núcleo grandes nomes se destacam, como Mestre Valentim (1745-1813) e Antônio Francisco Lisboa “o Aleijadinho” (1738-1814), considerado um dos maiores expoentes da arte barroca nas Américas. “A arte sacra cristã de influência africana no Brasil é o resultado das intensas trocas culturais e comerciais de Portugal com os territórios de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Moçambique e o reino do Congo cristianizado desde final do século XV”, explica Schunk.

Sobre a Coleção Ivani e Jorge Yunes
Construída ao longo de 50 anos pelo casal, a coleção é composta por peças que abarcam vinte e dois séculos de história, cinco continentes, técnicas e suportes os mais diversos. Desde 2017, a filha Beatriz Yunes Guarita coordena uma equipe de profissionais dedicados à catalogação e pesquisa de cada área do acervo, sua conservação e gestão.

Sobre o curador Renato Araújo da Silva
Graduou-se em filosofia em 2002 pela Universidade de São Paulo (USP). Tem sido colaborador do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE-USP) desde 1999, realizando pesquisasem joias e arte africana sob a orientação da Profa. Dra. Marta Heloísa Leuba Salum (Lisy). Trabalhou como educador e coordenador dos educadores no Centro Cultural Banco do Brasil-SP (2003-2005) e, no Museu Afro Brasil, educador e pesquisador de 2005 a 2017. Desde então, atua como pesquisador e consultor da coleção de arte africana da Coleção Ivani e Jorge Yunes. Foicurador da exposição trilogia “África, Mãe de Todos Nós” (MON-Curitiba, junho de 2019 a março de 2020). Co-autor do livro “África em Artes” (Museu Afro Brasil/2015), autor do artigo Africanisms Inside a Museum from Brazil (Taylor & Francis/2015) e autor do e-book “Arte Afro-Brasileira: altos ebaixos de um conceito” (Ferreavox/2016), entre outros títulos.

Sobre o curador Rafael Schunk
É mestre em artes visuais formado pela UNESP, graduado em arquitetura e urbanismo, pesquisador, crítico de arte, curador e artista plástico.Principais projetos de pesquisas e exposições: “A Outra África: trabalho e religiosidade”, MAS-SP (2020); “Fragmentos, Coleções de Rafael Schunk e Museu de Arte Sacra de São Paulo” (2016/17); “Arte Colonial e Imperial da Cidade de Santana de Parnaíba, SP” (2015); “Aparecida, A Virgem Mãe do Brasil”, Museu Afro Brasil (2012/13); “Arte e Cultura no Vale do Paraíba”, Palácio Boa Vista, Campos do Jordão, SP (2011/12); “Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileira – séculos XVI-XVII”, UNESP (2012); Oratórios Barrocos – Arte e Devoção na Coleção Casagrande”, MAS-SP (2011).

Sobre o Museu de Arte Sacra de Olímpia
Equipamento da Prefeitura de Olímpia, o espaço foi inaugurado em dezembro de 2020, como o primeiro museu de arte sacra do noroeste paulista. Implantado no Palacete Tonanni,imóvel histórico da cidade (1910)que foi totalmente restaurado para resgatar as características estruturais e construtivas originais do prédio. Todo o trabalho de restauro contou com uma equipe técnica, sob a coordenação da arquiteta, mestre e especialista em restauro, Rosely Seno.

Exposição: A outra África: trabalho e religiosidade
De 24 de novembro de 2021a 31 de maio de 2022
Visitação: terça a domingo das 15h às 21h
Museu de Arte Sacra e Diversidade Religiosa
Rua David Oliveira, 420 – Centro – Olímpia – SP

Informações à Imprensa
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